Mora & Pavia

E porque no dia 12 de Agosto de 2010 começou o Ano Internacional da Juventude, pelo país todo se festejou o Dia Internacional da Juventude, proporcionando aos jovens entre os 15 a 25 anos descontos ou ofertas em entradas de museus, transportes públicos, e outras actividades desenvolvidas especialmente para festejar o inicio deste ano. Assim, e aproveitando esta bela iniciativa olhamos para o velhinho mapa à procura de um destino e lá partimos nós à descoberta, neste caso, de uma parte do Alto Alentejo.

Mora foi a primeira paragem, onde depois de recentemente ter descoberto a partir de algumas navegações pelos blogs que sigo o Fluviário de Mora, decidimos ir visitar para ver se tinham aderido a este dia, contudo como a exploração do mesmo pertence a entidades privadas, tal não aconteceu. Evento este que se veio a repetir ao longo do dia, ou seja, ao longo do nosso passeio, sempre que víamos um posto que queríamos visitar, perguntávamos se tínhamos desconto ou não, e em caso de resposta negativa, (ou seja sempre que era explorado por entidades privadas), com muita pena, mas abandonávamos o local, às vezes mais como sinal de protesto por não aderirem a esta causa, do que propriamente pelo valor do bilhete.


Sendo assim, embora o que conseguirmos ver por fora nos ter agradado bastante, acabamos por não visitar o Fluviário, mas descobrir ao lado dele, uma lindíssima praia fluvial na margem de uma barragem, em que se lamenta a água estar imprópria para banhos, mas onde mesmo assim se pode divertir em desportos náuticos, ou relaxar no parque de campismo ou no café. Aconselho a visita, mais que não seja pela beleza natural.
Olhando para o mapa, e sabendo o nosso destino final, decidimos que a nossa próxima paragem iria ser em Evoramonte, e foi a caminho dessa freguesia do concelho de Estremoz, que fizemos uma paragem imprevista na freguesia de Pavia, concelho de Mora, onde decidimos ir visitar a Anta, que sei agora ser classificada como Monumento Nacional por ser das mais importantes do nosso Portugal. Esta está agora transformada em Capela de São Dinis e que nos levou a descobrir a Casa Museu Manuel Ribeiro de Pavia onde fomos mesmo muito bem recebidos.

 



A Casa Museu é uma pequena casa onde se pode conhecer a vida e obra do ilustre senhor da terra Manuel Ribeiro que foi um ilustrador de inúmeras obras de escritores portugueses. Foi lá que nos aconselharam a visitar a Igreja Matriz que divide o mesmo largo que a Casa Museu e a Anta, e onde se pode apreciar uma arquitectura no estilo arcaizante dos templos fortalezas.
E assim continuamos a nossa viagem à descoberta de uma parte do Alto Alentejo, enquanto não resistíamos à tentação de repetir: “Roma e Pavia, não se fizeram num dia…”